O aplicativo do Spotify travou e a assistente digital inteligente Alexa não conseguiu localizar o restaurante japonês favorito. O Echo Auto, aparelho de voz da Amazon, foi apresentado há quase um ano e enviado a clientes convidados em janeiro: mesmo com as falhas, é o elemento mais visível até agora da estratégia para colocar a Alexa na estrada.
Qual o contexto? Nos bastidores, a Amazon tenta convencer montadoras a embutir a assistente digital ativada por voz em seus sistemas de entretenimento. Esse movimento está ganhando corpo. No início do ano, BMW e Audi começaram a vender modelos selecionados que já vêm de fábrica com o software Alexa.
No entanto, a Amazon entra em um mercado disputado por Google e Apple, sem falar nas próprias montadoras, que têm receio de ceder o controle dos painéis dos carros para as gigantes de tecnologia.
A colonização do território dos automóveis não gera muita receita inicialmente, mas a simples presença nos veículos ajudaria a Amazon a se posicionar para a era dos serviços baseados em voz.
“A Amazon quer entrar no carro fazendo alarde”, diz Mike Ramsey, diretor sênior de pesquisas da Gartner. “Eles sentem que há uma grande oportunidade.”
O que faz a Alexa? É o sistema da Amazon para pedir músicas, informações e comprar produtos. A empresa quer tornar o sistema onipresente. Nos últimos anos, foram formadas equipes encarregadas de tornar o software útil além da sala de estar, buscando ligações com empresas de segurança e automação, ampliando a funcionalidade de chamadas de voz e vídeo e explorando robôs domésticos e dispositivos eletrônicos usados no corpo (os wearables).
(Com a Bloomberg)