O Banco Central ainda não divulgou como será a nova nota, apenas destacou que a escolha do lobo-guará surgiu a partir de uma pesquisa feita em 2001 para escolha dos animais preferidos dos brasileiros.
“Em primeiro lugar, apareceu a tartaruga-marinha, que está na nota de R$ 2, em segundo o mico leão dourado, que está na nota de R$ 20, e em terceiro o lobo-guará, que está na nota de R$ 200”, afirmou Carolina de Assis Barros, diretora de administração do BC.
Alta na circulação de dinheiro
De acordo com o BC, a decisão foi tomada em meio ao forte aumento de circulação de cédulas no Brasil por causa da pandemia de coronavírus, em um fenômeno batizado de “entesouramento”.
Isso acontece porque pessoas e empresas estão sacando mais dinheiro, para se resguardar em um momento de incertezas, e também por causa do auxílio-emergencial de R$ 600 lançado pelo governo, que muitas vezes é sacado em espécie.
Dados do Banco Central mostram que em junho havia R$ 327,9 bilhões em dinheiro físico no Brasil. Antes da pandemia começar a fazer estrago, em 16 de março, esse valor era de R$ 254,1 bilhões.
Ou seja, no período quase R$ 74 bilhões a mais em cédulas e moedas passaram a circular por aí ou, em muitos casos, passaram a ser guardados dentro de casa, “debaixo do colchão”.
“Quando somamos o entesouramento e o fato de que o dinheiro ainda é a base das transações no Brasil, acreditamos que o momento é oportuno para o lançamento de uma nova cédula. Queremos reduzir os custos de logística e de distribuição, já que temos um país de dimensões continentais”, explicou Barros.