(atualizado às 15h29 da quarta (11))
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, abriu o dia em queda de quase 3%. Às 15h15, o índice alcançou uma queda de 10%, o que aciona automaticamente o chamado circuit breaker. Esse mecanismo serve como um freio de arranjo e interrompe as operações da bolsa por 30 minutos. É a segunda vez nesta semana que a Bolsa recorre à paralisação emergencial das negociações.
O mecanismo já havia entrado em funcionamento na segunda-feira (9), quando a queda de 10% do Ibovespa nos primeiros minutos depois da abertura do pregão levou a B3 a acionar o o circuit breaker. A queda acentuada aconteceu em meio a temores crescentes sobre os efeitos do coronavírus sobre a economia e à decisão da Arábia Saudita, anunciada no último final de semana, de cortar em 10% o preço do barril do petróleo.
O circuit breaker um mecanismo da bolsa que tem o objetivo de proteger os investidores e o próprio mercado de ações. Consiste na interrupção do pregão por 30 minutos sempre que o Ibovespa atinge uma queda de 10% em relação ao fechamento anterior.
Antes das duas ocorrências desta semana, a última vez em que o mecanismo foi acionado aconteceu em 18 de maio de 2017, o dia que ficou conhecido por “Joesley Day”: foi o dia seguinte à divulgação da conversa entre um dos controladores da JBS com o então presidente Michel Temer, o que na ocasião levantou temores de que o chefe da República pudesse sofrer até um impeachment.
O que acontece depois dos 30 minutos? As negociações são retomadas, com a expectativa de que a queda no preço das ações seja amenizada, uma vez que operadores e investidores tenham tempo para deixar o nervosismo e o pânico diminuírem.
Mas, caso isso não aconteça e o Ibovespa aprofunde as perdas, haverá nova interrupção se a queda chegar a 15%. Nesse caso, o circuit breaker é novamente acionado e o pregão desta vez fica interrompido por uma hora.