O setor de serviços cresceu 1,8% na passagem de agosto para setembro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE. Foi o quarto resultado mensal consecutivo.
Já deu para recuperar as perdas da pandemia? Ainda não. O ganho acumulado de 13,4% ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8% acumuladas de fevereiro a maio. Em relação a setembro de 2019, o setor recuou 7,2%, sua sétima taxa negativa seguida nessa comparação. O acumulado no ano caiu 8,8% frente ao mesmo período de 2019.
Todos os setores cresceram? Não. O setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) foi o único a registrar resultado negativo.
Todos os setores recuperaram as perdas da pandemia? Lógico que não. O setor de outros serviços, que alcançou 4,8% na comparação com o mês anterior, e 6,1% no acumulado do ano, foi o único a superar o nível pré-pandemia. Com isso, alcançou o maior patamar desde outubro de 2014.
Por que isso? É um reflexo da alta nos serviços financeiros e auxiliares. “As empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável” diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
“Neste sentido, empresas que atuam como intermediárias desse processo de captação recursos, tais como as corretoras de títulos e as administradoras de bolsas de valores, têm obtido ganhos expressivos de receita por conta da maior procura por ativos de maior rentabilidade.”