Cerca de 2,95 milhões de lares brasileiros (4,32%) sobreviveram apenas com o auxílio emergencial em novembro deste ano. Em outubro, 300 mil lares a mais faziam parte desta realidade, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Quais são os estados que mais dependem do auxílio? Amapá (12,87%), Piauí (9,59%) e Ceará (8,71%) lideram a lista dos estados com maior percentual.
Em contrapartida, Santa Catarina (1,67%), Paraná (1,92%) e Mato Grosso do Sul (2,03%), por exemplo, ficaram abaixo da média do país, de 4,32%.
Em novembro, 27,45% do total de domicílios do país permanecia sem nenhuma renda do trabalho efetiva, contra 27,86% em outubro.
Como ficaram os rendimentos em novembro? Os trabalhadores informais foram os mais atingidos pela pandemia e, no mês, receberam 85,4% (R$ 1.626,29) do valor médio que recebiam anteriormente.
Apesar do resultado ser menor do que o habitual, já sinaliza uma recuperação em comparação a outubro, com crescimento de 1,7%. O rendimento médio ultrapassa dos 90% trabalhadores do setor privado com e sem carteira assinada, para empregadores, e do setor público com carteira assinada.
A análise do Ipea foi feita com base em microdados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).