Uma nova análise sobre os dados da economia norte-americana mostrou que o total de investimentos feito pelas empresas dos Estados Unidos no segundo trimestre foi bem menor que o estimado inicialmente. Os dados fazem parte da segunda revisão sobre o PIB (produto interno bruto), divulgada hoje (dia 26) pelo BEA, centro oficial de análises econômicas dos EUA.
O crescimento dos lucros corporativos foi morno, lançando uma sombra sobre a economia, perseguida pelos temores de recessão ventilados pelo mercado financeiro, que está preocupado com a inversão das taxas de juros dos títulos de curto e longo prazo.
Vamos aos números: O investimento empresarial caiu a uma taxa anualizada de 1,0% no último trimestre. Foi o declínio mais acentuado desde o quarto trimestre de 2015. Nas duas estimativas de crescimento do PIB feitas anteriormente, os dados indicavam que o investimento empresarial tinha diminuído a um ritmo de 0,6%.
O que fez a taxa cair? A queda foi puxada pelo tombo de 11,1% nos gastos com construção, o que refletiu quedas nas categorias de comércio, saúde e exploração de mineração, dutos e poços.
Os lucros, após descontados os impostos e as valorizações da bolsa de valores S&P 500, também sofreram correção. O aumento foi de 3,3%, abaixo do estimada anteriormente (+4,8%).
O que isso significa? Os fracos gastos das empresas e o crescimento morno dos lucros podem levantar dúvidas sobre a capacidade dos consumidores de continuar amparando a economia.
O PIB aumentou a uma taxa anualizada de 2,0% no segundo trimestre, com os gastos mais fortes dos consumidores em quatro anos e meio compensando as exportações fracas e ritmo mais lento do investimento em estoques.
No acumulado de janeiro a julho, o PIB cresceu 2,6%.
(Com Reuters)